quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Livros


A menina era doce, meiga e amante dos livros. Tinha em sua mente um turbilhão de pensamentos, que borbulhavam e faziam com que ela estivesse sempre cheia de perguntas. Não era apenas inteligente e culta, apesar de tão nova, já se via esforço em tudo que fazia, tentando alcançar sempre a perfeição, tarefa que era na maior parte das vezes atingida. Seus livros eram como amigos, em que compartilhava sensações, sentimentos, enfim, transformava-os pratimente em pessoas, em que devotara a maior parte dos sentimentos que existiam em si. Eles não só a ensinavam, como a fazia conhecer lugares novos e a aconselhava sempre que estava "perdida". Não era à toa, que aonde quer que fosse estava acompanhada de seu "melhor amigo". Era como um confidente, que muito mais que um ser humano, nunca a abandonara. Aos olhos dos outros, era apenas uma menina estranha, solitária, que precisava de amigos de verdade ou ao menos de alguém que pudesse dar toda a atenção que ela necessitava. Mas quem visse com outros olhos, olhos com sentimento e emoção, perceberia, que não havia solidão ali, mas cumplicidade. Era uma menina especial, não precisava da companhia dos outros, e nem da opinião de quaisquer que fossem, só necessitava sempre da ajuda de seus bons e velhos amigos, os livros. Neles ela poderia depositar toda a sua confiança, afinal, eles eram mais do que qualquer um fiéis. Algumas vezes ela chegara a pensar que seu único defeito era não poder falar, mas acabara chegando a conclusão de que essa poderia ser a maior de suas virtudes. Ele não tentava ser o que não é, não era falso, nem invejoso. Era o amigo perfeito, aquele que nós sempre sonhamos em ter. Com ele não havia competições, nem brigas, ele sempre dava sem querer nada em troca. Mas a verdade é que não há como compará-lo às pessoas, porque pessoas são de carne e osso, tem sentimentos e emoções. Livros são inanimados, não sentem nada, apenas nos fazem sentir. É como eu disse ali em cima, dão sem querer nada em troca e muitas vezes o que nós precisamos mesmo é dessa troca.

domingo, 13 de setembro de 2009

Inspiração, cadê você?

Por mais que eu tente e persista em escrever, nada de bom sai. Os sentimentos que naturalmente são expressos a cada texto escrito fogem e parecem não voltar mais. Tudo em que eu penso para escrever não sai ou pelo menos para mim não é bom o suficiente para ser postado. Cadê a inspiração? Será que é culpa dela mesmo?
Nunca soube se essa tal de inspiração existe mesmo, ou se é fruto de nós mesmos, que em alguns dias estamos com os dedinhos loucos para escrever, enquanto em outros, as palavras somem e não há nada que possa ser escrito que nos agradará. Sabe como é, o ser humano necessita de desculpas quando vai mal em alguma coisa ou quando não quer admitir sua fragilidade. É mais do que normal vermos pessoas falando das causas de tudo, sendo que essas causas nunca advêm de si mesmas. E quando tudo vai a mil maravilhas os responsáveis é claro que somos nós mesmos, afinal, é sempre bom mostrarmos o quanto somos bons, não é mesmo?
Mas voltando ao assunto, é, vocês já devem ter percebido como eu sempre desvio dos assuntos, dedinhos chatos os meus. Mas, enfim, estou num momento em que nada que eu escrevo sai bom o bastante, por isso, meus posts estão cada vez mais raros. Mas tentarei mudar essa situação, já que eu gosto tanto disso tudo aqui, adoro escrever e mais ainda adoro quando gostam dos meus textos. Minha mente vai mandar ideias boas como antes e junto a elas unirei todo e qualquer sentimento, já que textos sem boas ideias e sem sentimentos não são textos; são meras palavras escritas e ligadas formando parágrafos, que não nos trazem emoção alguma.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Amor a dois

Eles se olharam nos olhos e sentiram uma sensação que em tempo algum sentiram dentro de si mesmos. Olhos profundos, cheios de emoções, que a cada segundo que passava, desejavam cada vez mais decifrar. Era como se a cada piscar, tudo aquilo que estava lá dentro, multiplicáva-se, transformando-se em um sentimento cada vez maior. Era a primeira vez que se viam, mas por mais que jamais tivessem se tocado, parecia que aquele era apenas mais um dia, dos milhares que já haviam passado juntos. Tudo aquilo parecia estranho, mas ao mesmo tempo era a melhor sensação que já havia passado dentro de seus corações. Dentre todos os amores que já viveram, aquele parecia o mais sincero. Por mais que todo aquele sentimento ainda não tivesse tido oportunidade para ser vivido, aquele dia seria apenas o começo. O começo de um amor, o começo de uma nova vida. Vida em que agora cada um dedicaria para fazer o outro feliz. Sim, eles sabiam que a felicidade dos dois só estaria plenamente segura, se cada um deles estivesse feliz na relação. Afinal, que amor suporta a felicidade de apenas um? Para se estar completo, era necessário que os dois estivessem dispostos a estarem juntos e para isso no momento a única coisa que bastava em suas vidas, era o amor de um ao outro. Aquele amor, já transformara a vida de cada um em algo muito melhor, do que qualquer momento de suas vidas. Transformara tudo aquilo que já haviam vivido separadamente em um passado muito distante, que jamais retornaria, dando espaço apenas para um novo começo, um futuro a dois, um amor a dois.

sábado, 5 de setembro de 2009

Ah o aniversário...

Era como se aquele fosse o dia mais especial de sua vida. Com aquele olhar brilhante de menina e aquele sorriso sincero de criança, ela imaginava a hora de receber todos os seus presentes, de ver todos aqueles que mais ama reunidos para celebrar o seu dia. Se sentia o centro de tudo, e aquilo lhe dava uma sensação maravilhosa, de pelo menos naquele momento ser a mais importante para todos que estavam ali presentes. Seus tios gritavam sobre futebol, sua mãe e avós falavam sobre assuntos calmos, esse contraste acabava por fazê-la rir daquilo tudo. Ai, como era bom ver toda aquela reunião familiar, que acontece tão poucas vezes por ano, mas que reafirma a cada momento junto, o quanto a família é impressindível em sua vida.
Hoje é meu aniversário. Me senti como uma criança, contando os dias para o aniversário chegar, pensando nos presentinhos e em como comemorar. Afinal, aniversário é uma vez por ano apenas, temos que aproveitar a chance de sermos agraciados, de receber milhares de votos de felicidade e de todos dizerem o quanto nós merecemos o melhor em nossas vidas. É sempre assim, os mesmos discursos, mesmas falas e mesmo assim nós adoramos receber e ouvir todo o ano, mesmo que seja exatamente igual. Sentir-se amado é a melhor coisa, e não há melhor dia para isso, do que o aniversário, afinal, é o seu dia. Não que haja hora ou lugar para se sentir amado, afinal quem nos ama no aniversário deve nos amar todos os dias. Mas o aniversário... Ah, o aniversário é especial!