domingo, 4 de abril de 2010

Tudo e nada

Ao meu amor, que grande poderia ser apenas um dos tantos adjetivos que eu poderia lhe atribuir.
Poderia dizer que nosso amor é pleno e sereno, mas que graça teria? O mar sem ondas se torna chato com o passar do tempo, a estrada sem curvas, monótona, e mais ainda, a vida sem obstáculos uma vida sem graça. Afinal, como dizia Fernando Pessoa, o bom mesmo é catar as pedrinhas que estão no nosso caminho para quem sabe um dia construir nosso castelo; que na verdade nunca passará de uma simples casinha.
Por isso, é tão bom afirmar que nosso amor é inconstante e turbulento, sem a vergonha de estar ferindo com aquele paradigma de que para ser amor tudo tem que ser belo e sendo belo se torna eterno. Mas essa inconstancia o torna tão mais digno e bonito, a feiura está no fato de tentarmos embelezá-lo, esquecendo do essencial, a sinceridade. Um amor inconstante, é um amor verdadeiro, e não digo que não exista amor pleno, mas certamento esse amor durará tão pouco, quanto um piscar de olhos, porque depois de um tempo o sentimento se transforma e nisso se torna muito mais comodidade, do que prazer.
O amor esta no fato de se desentender, brigar, e no fim, simplesmente, amar. Porque amar é amar, independente de tudo e como se não houvesse nada.

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