segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tudo novo de novo...

A vida é estranha... Muitas vezes nos aproximamos de pessoas que nem imaginamos nos aproximar e acabamos compartilhando muitos momentos com elas. O engraçado é que aquela pessoa que a gente não dava nada, acaba se tornando uma grande amiga, ou um namorado, enfim alguém especial para nós. Criamos um laço tão forte, que é difícil desatar. É como se diz, do nada se tornou tudo. E não é verdade? Quem nunca vivenciou uma situação dessa? A sensação de ver aquela pessoa que não passava de uma conhecida se tornando nossa amiga, confidente ou mesmo nosso amor é tão boa. Sentir que o tempo não influencia no relacionamento e que por mais que vocês fossem completas estranhas, agora vocês se amam. Quem nunca sentiu isso, experimente! Experimente novas relações, novos amigos, novos amores.... Viva como se você buscasse um novo mundo, uma nova vida, novas companhias.... Como se fosse recomeçar, deixar as pessoas do passado no passado e para o presente buscar carne nova. Mas claro, sem esquecer dos velhos e bons amigos, que esses com certeza, não existem iguais. Podem ter milhões de novos amigos, conhecermos milhares de pessoas, mas ninguém se compara a aquele amigo irmão, aquele que dividiu todos os momentos com você, que como dizem, ajudou a contruir a sua história, esse não existem palavras que defina.
Os amores do passado, deixe lá, guardadinho nas lembranças. A não ser que esse, se renove a cada dia, se tornando um novo amor a cada momento. Não, não estrague suas lembranças tentando reviver momentos que não voltarão mais. Isso apenas distorcerá toda aquela imagem de felicidade que você guardava. Não fará você reviver os momentos com a mesma alegria de antes, fará você ver que aqueles momentos não voltam mais e que agora você é uma nova pessoa e aquela realidade não se encaixa mais na sua realidade. E nessa sua realidade você vai incluir novas pessoas, novos amores, novos amigos, enfim, tudo aquilo que a partir desse momento se encaixará na sua vida. Então, dê espaço aos novos que chegam, dê a oportunidade a si mesmo de amar outras pessoas. E os momentos, deixem lá, dentro da caixinha nas suas memórias. Lembranças intactas, é só isso que sobra... O resto, vira resto...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Te amar...

Ah, te amar já me basta...
Ter seu coração inteiro pra mim
Como se fosse parte minha
Ah, ter você pra mim já me basta
Ter o seu amor junto ao meu
Suas mãos me acariciando
Sua boca junto à minha
Ah, não preciso de mais nada
Só preciso de você aqui comigo
Bem pertinho, coladinho
Preciso de você aqui hoje, amanhã...
Precisarei de você até o fim...
E quando você estiver indo embora
Por favor, fique
Não, não vá
Preciso de você aqui a cada minuto comigo...
E um dia se a gente se separar
Não, não pense que você terá ido embora da minha vida
Você estará aqui comigo, até o fim
Porque meu amor
Ah, esse amor não acaba...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Baú de lembranças

O vento no rosto, lhe trazia recordações... Recordações de um tempo não tão distante, afinal não carregava tantos anos em sua bagagem. Era uma menina sonhadora e mesmo assim mantinha seus pés no chão. Muitas vezes seus sonhos eram tão intensos, que a faziam tirar os pés do chão e faziam com que ela voasse para lugares muito distantes, onde ela imaginava encontrar seu pai. Já faziam dois anos que não o via e mesmo assim ainda sonhava com o dia em que o encontraria e o abraçaria com a maior força que pudesse.
Morava com a mãe e a avó, mas sempre foi tão apegada ao pai, que por mais que sua mãe lhe doasse todo seu carinho e amor materno, ela insistia em perguntar por ele todos os dias. Sua mãe apenas dizia que ele tinha viajado para um lugar muito distante e por isso elas não poderiam encontrá-lo. A menina continuava a sonhar todas as noites com o pai, o encontrava no mesmo lugar e a única coisa que fazia era abraçá-lo. Os dias iam passando e sua angústia aumentando... A única lembrança que tinha do pai, era de sua risada escandalosa e seus braços fortes que a carregavam para todos os cantos. Seus braços traziam tanta tranquilidade à ela, que ela daria tudo para que pudesse ser carregada novamente por eles. Mas esse dia parecia nunca chegar e a menina já não aguentava mais tanta espera. Seus sorrisos começaram a se transformar em lágrimas, já não tinha vontade de brincar, nem de comer. Começaram a crescer sentimentos muito ruins em seu coração, que a faziam pensar se valia mesmo a pena viver sem aquele que sempre devotara o maior dos amores. Sua mãe que já estava preocupada com o rumo que suas vidas estavam levando, começou a pensar em alguma forma de contar à menina a verdade. Foi quando em um dia, durante a tarde, em que elas assistiam à televisão, que a mãe resolveu desabafar:
- Minha filha, tenho uma coisa para lhe contar, que já deveria ter sido dita há muito tempo.
A menina assustado assentiu para que a mãe continuasse...
- Seu pai está num lugar muito distante e nós nunca mais poderemos encontrá-lo, pois há dois anos atrás ele foi para o céu. Está vivendo com o anjinhos, meu bem!
Foi quando lágrimas começaram a escorrer e de onde elas vinham, ainda haviam muitas outras... A menina chorou durante longas horas e parecia que aquelas lágrimas não secariam nunca mais. Mas com o passar dos dias, elas já não vinham com tanta frequência, a menina estava aprendendo a conviver com a falta que a consumia. As saudades estavam lá, sempre presentes em sua vida, mas faziam com que ela percebesse, que elas só existiam porque durante algum tempo ela viveu momentos maravilhosos com o pai. Essa saudade não significava tristeza e sim alegria, alegria de ter passado aqueles anos com aquele que considerava seu herói. Tudo que um dia ela viveu com ele, estaria para sempre guardado em um baú um pouco empoeirado, mas que ela fazia questão de limpar todos os dias, esse baú estaria para sempre em seu coração. Porque por mais que a vida tenha o tirado dela, ninguém jamais o tiraria de seu coração.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Hoje viria aqui para falar de coisas alegres, afinal é aniversário da minha melhor amiga. Desejar tudo aquilo que ela merece de melhor e dizer o quanto a amo. Mas as notícias me fazem seguir outro rumo, que diga-se de passagem não me trás alegria alguma. A tarde parecia normal como de qualquer segunda-feira ensolarada, mas a partir dessa notícia parece que o tempo fechou. Hoje, uma parte da minha família se vai, parece que pela primeira vez na minha vida estou vendo alguém tão próximo ir. E é uma sensação estranha pensar que por mais que eu queira, só poderei encontrá-lo nas lembranças. Lágrimas já caíram e secaram. Mas a sensação que se tem é que ainda há um rio dentro de mim, que precisa escorrer. Provavelmente foi melhor para ele nos deixar nesse momento e certamente onde quer que ele esteja estará olhando por nós. Sei o quanto amava cada um de nossa família, por mais que tivesse seu jeito para tal. Desculpe se algum dia eu deixei de demonstrar meu carinho, mas pode ter certeza que sempre estará presente em meu coração. As palavras estão me fugindo, por isso, acabo aqui. Vô, te amo! Aonde quer que você esteja...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Amor real

Era uma menina doce e delicada, como uma flor desabrochando. Tinha um sorriso suave, que encatava a todos que o viam. Um olhar intenso com seus olhos de oceano, que fazia qualquer homem delirar. Tinha a pele macia como a seda e rosada como uma maçã. Cabelos escuros como o ébano, parecia até mesmo a Branca de Neve. É, ela era realmente diferente, com aquela personalidade meiga, que fazia com que todos a admirassem desde a primeira vez. Seu coração era inteiro paixão, paixão que arde e a faz enlouquecer. Enlouquecer de amor e de prazer. Ah, aquele homem... Seu coração o pertencia desde o primeiro momento e certamente até o último. E ele a amava da mesma forma e mesma intensidade, como se tudo que um sentisse fosse recíproco e se um amasse mais, o outro amaria mais ainda. Amor sem prazo de validade e sem vencimento. Ah, esse amor é diferente, é inteiro. Como se fosse formado por parte de cada um deles, que juntas formavam uma imensidão, que jamais teria fim. Não é aquele amor que dói, que precisa ferir ao mesmo tempo que faz sorrir. É aquele amor que só existe em contos de fadas... Aquele amor que começa com "Era uma vez" e termina com "E foram felizes para sempre". Aquele amor que todos sonham, mas que no fundo não existe. E que bom, sabe por que? Porque qual é a graça de amar sem ter altos e baixos? Sem ter brigas para fortalecer todo aquele sentimento que une um casal? Sem ter aquele recomeço que faz tudo parecer melhor? Qual a graça de viver uma vida perfeita, ao lado de alguém perfeito? A perfeição não existe, defeitos estão aí para serem superados e para fazer do amor, superação. Porque amar é superar todos os limites da vida, é fazer do fim um recomeço, e por favor, sem "E foram felizes para sempre"! Deixemos isso nos livros, guardados nas histórias, que jamais se tornarão realidade, diferente do amor que nós vivemos, que se torna mais real a cada dia.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Borboletas

Uma borboleta voando, livre, com apenas um objetivo, continuar voando. E nós bobos correndo atrás dela, tentando caçá-la a qualquer custo. Ah, essa é a felicidade, aquela que nós buscamos a todo instante e quando menos esperamos está ali pousada em nossos ombros. Agora, o por quê dessa busca sem fim eu não sei, porque a verdade é que quanto mais corremos atrás dela, mais ela foge de nós. Eu vivo me perguntando: "Por que buscamos tanto uma coisa, em vez de deixá-la vir por si só?". Se percebermos, os momentos mais felizes de nossas vidas são aqueles que não há planejamento, previsão e nada além de uma grande surpresa. A surpresa torna as coisas mais gostosas de serem vividas, porque apesar de sempre querermos saber de tudo antes, o "na hora" trás bem mais emoção aos momentos. E querem saber mais? Tenho minhas dúvidas se essa tal de felicidade existe ou se é apenas uma invenção nossa para termos algum sentido para viver. Afinal, vivemos em busca da felicidade. Por mais que nós já sabamos que jamais seremos felizes para sempre e que na vida não há felicidade eterna, e sim momentos felizes. Felicidade momentânea, é essa a palavra. É como se existissem momentos felizes, mas não é por isso que os problemas irão acabar. Eles sempre estarão presentes em nossas vidas, e que bom, porque imagina se todos os dias fossem belos, se todos os momentos fossem de alegria? Tudo isso perderia seu valor aos nossos olhos, afinal a rotina nos incomoda, já percebeu? É preciso conhecer os problemas, as dificuldades para que possamos dar valor a tudo de bom que acontece conosco. Afinal, como diz Vinicius de Moraes, "É melhor viver do que ser feliz". E quando digo viver, digo aproveitar, porque certamente aproveitando, quando olharmos para o lado, veremos a borboleta lá pousada em nossos ombros.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Silêncio...

O silência dele perduráva-se em minha vida. Não sabia se ele havia me esquecido ou se algum dia ainda ligaria para mim. Todas as noites aguardava ao lado do telefone a sua ligação, mas seu silêncio continuava a me maltratar. Por mais que houvesse uma enorme distância entre nós, era como se nossos corações ainda estivessem ligados. O sentia comigo todos os dias e por mais que ele tivesse me esquecido, a imagem de seu rosto sorrindo para mim, jamais saíria da minha mente. A distância não fez com que ele se ausentasse da minha vida, por mais que milhares de quilômetros nos separássemos, ainda o carregava em mim. Passavam-se os dias e nada mudava, ele não me ligara, nem mesmo mandara cartas. Era como se eu não existisse mais em sua vida, como se tivesse passado uma borracha em nosso passado. Será que ele havia conseguido apagar tudo o que nós um dia já vivemos juntos? Seria tão injusto... Não injusto comigo, mas conosco, com tudo o que contruímos. Ele não poderia ter feito isso, era como se tivesse matado uma parte que existia em mim, uma parte de nós. Depois de alguns meses de angústia e sofrimento, resolvi me despedir daquilo tudo que eu estava passando e começar uma nova fase em minha vida. Como se aquele ciclo tivesse tido um fim e agora só havia uma opção, seguir em frente. Mudei tudo, só não conseguia mudar aquilo que morava em mim, aquele sentimento que por mais que eu tentasse, insistia em não me largar. Era como se aquela história por mais que eu tentasse ainda não tivesse acabado. Seu sorriso me perseguia, me impedindo de recomeçar. O passado continuava ali, mais presente do que nunca, intacto, como se jamais pudesse ir embora. Mas eu tentava, fugia das lembranças e de tudo que me fazia pensar nele. Foi quando em um dia qualquer, a campainha tocou. Parecia um sonho, aquele rosto sorrindo para mim, aquele que eu só via em minhas lembranças, ali parado na minha frente, com um buquê de rosas vermelhas na mão. Comecei a chorar e por mais que eu tentasse as lágrimas não paravam de cair. Não há como explicar o que eu estava sentindo, era como se tivessem tirado a faca que estava em meu coração. Como se flores tivessem começando a brotar em minha alma, era o dia mais feliz da minha vida. O abraçei e beijei, desejando passar a eternidade em seus braços.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Olhos de esmeralda

Abriu a geladeira e pegou a água. Com o copo na mão, o encheu até a metade. Guardou a água e seguiu até a sala, onde sentou-se na poltrona e ligou a Tv no programa de esportes da tarde. Bebeu a água e deixou o copo na mesinha que estava ao seu lado. Havia dormido pouco essa noite e por isso o sono o rondava, deixando suas pálpebras pesadas e acabando por fazê-lo cochilar. Acordou sentindo um vazio no estômago, era a fome se anunciando e por isso foi ao supermercado fazer compras, já que sua geladeira estava vazia. Chegando lá, pegou as guloseimas de sempre, pães, biscoitos, queijos, refrigerante, cervejas e tudo aquilo que com certeza faria mal à sua saúde, mas que ele não deixara de comer nem por um dia. Se dirigiu até o caixa que percebera ter a menor fila. Foi quando avistou uma mulher de olhos verdes como esmeraldas ao seu lado e sentiu como se seu coração tivesse parado por um segundo de pulsar. Não entendeu o que estava acontecendo com seu corpo, mas resolveu chegar mais perto daquela que mexera completamente com todos os seus sentidos. Não era uma mulher qualquer, ao mesmo tempo que parecia ser doce e suave, tinha um olhar firme e centrado, que brilhava realmente como duas esmeraldas. Por isso, mudou de fila e ficou logo atrás daquela que parecia ser a mulher mais bela de todas que já conhecera. Sem ter muito o que dizer, começou uma conversa daquelas de elevador, onde as pessoas tentando mostrar simpatia, acabam por trocar algumas palavras com pouca importância. Mas ele necessitava falar com aquela mulher, precisava conhecê-la melhor. Sua vida não poderia seguir adiante sem saber quem era aquela que o deixara daquele jeito. Ela não parecia muito disposta a se abrir, porém ele continuava as investidas sem cessar. Com frases curtas e sem muitos detalhes, ela respondia tudo o que ele lhe perguntava, sem interrogá-lo nenhuma vez. Pediu seu telefone e ela sem pestanejar negou. Mas com tanta insistência acabou por ceder, escrevendo os números em um pequeno pedaço de papel, que estava em sua bolsa. Quando viu aqueles números escritos ali, seus olhos brilharam, com a certeza de que ela não escaparia mais. Com apenas um tchau e um pequeno sorriso, que o enfeitiçara, ela deixou o supermercado, mas jamais deixaria o coração daquele homem deveras apaixonado. Foi quando o telefone tocou e ele despertou de seu mais belo sonho. Assustado, lembrou daquele sorriso e era como se a sentisse dentro de seu coração, como se aqueles olhos de esmeralda o seguissem por onde quer que ele fosse.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cacos...

- Recolha os cacos do seu coração e guarde-os para você. Não quero mais nada que venha de você, nem mesmo cacos.
Eu apenas respondi:
- Se você roubou minha vida, agora a recuperei, e farei questão de vivê-la por todos esses anos confiscados.
Ele me olhou com aquela cara, que no momento só me fazia sentir mais raiva e disse:
- Se eu roubei sua vida, você roubou a minha felicidade. E essa não tenho mais como recuperar.
Olhei para ele e respondi:
- A vida é feita de escolhas, você fez as suas. Sua felicidade está dentro de você, você apenas não teve com quem desfrutá-la, pois para você não sou ninguém.
Desde então resolvi fazer o que ele disse. Peguei caco por caco de meu coração e guardei dentro de mim. Era muito cedo para consertá-lo, por isso preferi apenas guardá-los. É, definitivamente era o fim, depois de anos não havia mais volta. Foram tantas brigas, que eu pensei que essa seria apenas mais uma, mas não, essa foi diferente. Ela partiu meu coração e ele fez questão de quebrar esses pedaços ainda mais. Ele, aquele que eu havia escolhido para viver comigo todos os momentos de minha vida, fez questão de me ferir com aquilo que pra mim era a pior das armas, as palavras. Me disse coisas tão cruéis, que eu pensei estar em um pesadelo, mas a realidade estava ali na minha frente, eu que não quis enxergá-la. Ele nunca me amou, tampouco teve consideração a mim. Nunca a havia esquecido, aquela em que devotara o maior dos amores. Ela estava presente em seu pensamento e em seu coração, desde sempre e por mais que eu quisesse, jamais conseguiria apagá-la. Fiz de tudo para que aquele homem me amasse, mas não tinha jeito, seu coração era de outra e boiava em uma piscina de arrependimento. Arrependimento esse que o fez mergulhar na amargura, se tornando um homem frio e seco, que quanto mais o tempo passava mais insistia em me torturar.
Mas chegou o dia em que tudo acabou, ele botou em pratos limpos todos os seus sentimentos e arrependimentos. Tudo aquilo que desejava ter vivido e não viveu, tudo que deixou para trás para viver nossa vidinha, que em momento algum pode ter sido considerada feliz. Foi o fim daquilo que nunca havia tido início. Ele quebrou meu coração, que há anos já estava partido, mas fez questão de quebrá-lo ainda mais, pois se ele não havia sido feliz eu também não poderia ser.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um vazio sem fim

Estava num daqueles dias em que a solidão nos invade a alma, consumindo todas as nossas energias positivas e nos fazendo sentir como se não houvesse mais ninguém no mundo além de nós. Tudo parecia meio cinzento, o ponteiro do meu relógio de pulso parecia paralizado e meu coração dizia que não havia ninguém comigo. As horas passavam vagarosamente e eu ainda sentia como se tudo estivesse vazio. Por mais que todas as pessoas queridas estivessem ali comigo naquele momento, era como se elas fossem apenas bonecos enfeitando um cenário, em que eu não pertencia. Estava em outro mundo, onde existia somente eu e eu. Não, não sou do tipo de pessoa que acredita na filosofia de que no fim somos apenas nós e nós mesmos, tampouco daquelas que dizem que nós nos bastamos. Eu queria apenas alguém que pudesse dividir comigo aquilo tudo, mas percebi que ninguém poderia sentir com tal intensidade o que estava passando dentro de mim, pois aquele sentimento não saíria mais dali, me pertenceria até o último dia de minha vida. Todos estavam tentando me consolar, mas parecia que não havia ninguém que eu pudesse abraçar. Em corpo eles se mantiam ali presentes, mas em alma não estavam junto a mim. Minha tristeza era profunda demais para que alguém conseguisse sentí-la, ela estava bem no fundo da minha alma, dando uma passadinha de vez em quando em meu coração. Coração esse que parecia gelado de solidão. Não era um dia qualquer mesmo, percebi que de agora em diante minha vida não seria mais a mesma, a tristeza estaria sempre ali, escondida atrás do armário e a qualquer momento me invadiria e tomaria conta de meu corpo. Quando recebemos uma notícia dessas é essa a sensação que nós sentimos, um vazio sem fim, a tal solidão.

ps: é apenas um personagem.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Inesperado, mas certamente especial

Abriu os olhos com a sensação de que esse era um dia especial. Levantou da cama, foi andando com passos lentos, como se ainda estivesse sobre efeito do sono, até o banheiro, escovou os dentes e lavou o rosto com aquela água gelada, que lhe arrepiou os pelos do corpo. Desceu as escadas degrau por degrau, até que chegou na cozinha onde preparou seu café e suas torradas com manteiga e levou-os até a mesa, onde pôde saboreá-los com toda a tranquilidade de todas as manhãs. Leu seu jornal, como faz todas as manhãs e voltou ao quarto, onde se trocara para ir ao trabalho. Botou seu terno, como sempre o fazia, desceu novamente a escada, pegou sua pasta e saiu. Entrou no carro parado na garagem e dirigiu até seu trabalho que não era tão distante dali. Chegou lá e tudo parecia igual a qualquer outro dia de trabalho, as mesmas pessoas, com as mesmas caras, tudo igual. Na hora do almoço foi até o restaurante de sempre, pediu uma salada com quiche e um suco de laranja. Nada de sobremesa, apenas um cafezinho para dar ânimo para o resto do dia naquele trabalho que pouco lhe agradava. Voltou ao trabalho e tudo parecia paralizado, nada mudava, as mesmas pessoas com as mesmas caras, como se o tempo tivesse parado. Trabalhou, trabalhou, trabalhou... Fim de espediente, hora de ir para casa. Pegou seu carro e dirigiu até em casa. Chegando lá foi ao quarto, onde tirou seu terno e foi direto ao banheiro. Tomou o banho, secou-se e voltou ao quarto para vestir seu pijama. Pegou o telefone ligou para a pizzaria e pediu uma pizza calabresa e uma coca-cola gelada. Ligou a Tv, já que hoje era dia de seu time jogar. O jogo já havia começado fazia 10 minutos e ainda estava 0x0. A campainha tocou, certamente era a pizza. Pegou sua nota de cinquenta e abriu a porta. Avistou um lindo rosto, com ar de cansaço e um olhar meio perdido... Quem seria aquele anjo em sua frente? Não exitou e perguntou-lhe quem era e por qual motivo batia em sua campainha aquela hora da noite. Ela apenas continuou olhando-o. Foi nesse momento que ele pediu-lhe que entrasse. Ela sorriu forçadamente e andou em pequenos passos até entrar na sala, sentou-se no sofá e desabou em choro. Assustado ele não sabia o que fazer, essas lágrimas o transmitiam uma certa agonia. Ele sentou-se também, aproximou-se e a abraçou... Envolvendo-a com todo o amor que durante anos não devotara a ninguém. Não perguntou-lhe mais nada, apenas continuou abraçando-a. Mesmo que tudo parecesse estranho, continuou ali, naquele momento, e certamente desejaria passar ali todos os dias de sua vida.

ps: Na vida, certamente o que nos atrai é o inesperado, mas disso falo outro dia.

domingo, 2 de agosto de 2009

Tic tac... Tic tac... Tic tac...



Estava pensando, como o tempo passa cada vez mais rápido... Com o passar dos anos venho tendo essa impressão, é como se quanto mais o tempo passa, mais rápido ele vai passando. Ele não dá trégua, vai passando, passando e passando... Não muda esse roteiro, por mais que sua velocidade não mude, nós sentimos sempre aquela sensação de que ela está acelerando e somente no último dia de nossas vidas irá freiar. O porquê eu não sei, mas Cazuza tinha razão quando dizia que o tempo não para, então o que nós devemos fazer no mínimo é tentar aproveitá-lo da melhor forma possível. Agora uma coisa que eu também venho pensando é como o nosso estado emocional pode influenciar na maneira como percebemos o tempo. Afinal quando estamos tristes parece que as horas não passam, ficam instactas naqueles instantes de dor, em que o relógio parece ser nosso maior inimigo, transformando aquela dor somente em ainda mais dor, já que o que mais queremos é que os dias passem e eles parecem acompanhar o andar das tartarugas. E se dizem que o tempo é o melhor remédio, parece que esse remédio não cura nossos instantes de sofrimento, já que aquele 'tic tac' sem fim parece ser apenas um ruído e o relógio uma faca que nos fere a cada longo segundo a passar. Nos momentos de alegria tudo muda, o tempo parece mais rápido que os carros em dia de Fórmula 1, ele vai passando, passando, quando vemos passou. Os melhores momentos passam tão rápido que quando vemos eles já se transformaram em lembranças, a felicidade está lá guardada em nossas memórias, onde bons momentos parecem ser jóias raras dentro de um baú empoeirado. Por isso, aproveitar tudo o que é bom, por mais que seja um dos maiores clichês, é um dos melhores conselhos que se pode dar, porque bons momentos se vão tão rápido quanto um piscar de olhos e são eles que nos fazem perceber o quão bom é viver, apesar de todos os problemas que surgem ao longo do nosso caminho. Então não se esqueça de viver, não, viver não é estar vivo, viver é aproveitar, fazer do tempo seu maior aliado.

sábado, 1 de agosto de 2009

Sintamos...

Como o próprio título do blog já diz: palavras, apenas palavras... Mas será mesmo que seriam "apenas"? Palavras que muitas vezes podem nos ferir, nos fazer sofrer, mas que também podem nos confortar e nos transmitir completa tranquilidade. Apesar de também achar que as palavras podem tentar demonstrar sentimentos e emoções, que não conseguem ser expressos por elas, porque afinal de contas eles não são definíveis e muito menos explicáveis, eles só existem, nós sentimos e ponto. Eu sei que muitas vezes tentamos mostrar para as pessoas o que estamos sentindo através de palavras, mas por mais que possamos dizer milhares de coisas, nada é igual a sentirmos que somos amados, que nos querem. E não é só isso... É muito melhor quando sentimos o que o outro quer que nós entendamos que ele sente, do que simplesmente ouvirmos palavras, que por mais verdadeiras que possam ser são apenas palavras. Afinal é muito melhor sentir, do que entender. Sentir é algo mágico, algo acima do racional, não precisamos de explicação para aquilo, é muito mais emoção. Por isso, economizemos palavras e esse nosso vocabulário riquíssimo e sintamos, vamos dar lugar a emoção, ao sentimento e tudo aquilo que eles carregam junto a eles, já que sentindo nós acabamos entendendo tudo aquilo que com palavras nós não entenderíamos.