quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Olhos de esmeralda

Abriu a geladeira e pegou a água. Com o copo na mão, o encheu até a metade. Guardou a água e seguiu até a sala, onde sentou-se na poltrona e ligou a Tv no programa de esportes da tarde. Bebeu a água e deixou o copo na mesinha que estava ao seu lado. Havia dormido pouco essa noite e por isso o sono o rondava, deixando suas pálpebras pesadas e acabando por fazê-lo cochilar. Acordou sentindo um vazio no estômago, era a fome se anunciando e por isso foi ao supermercado fazer compras, já que sua geladeira estava vazia. Chegando lá, pegou as guloseimas de sempre, pães, biscoitos, queijos, refrigerante, cervejas e tudo aquilo que com certeza faria mal à sua saúde, mas que ele não deixara de comer nem por um dia. Se dirigiu até o caixa que percebera ter a menor fila. Foi quando avistou uma mulher de olhos verdes como esmeraldas ao seu lado e sentiu como se seu coração tivesse parado por um segundo de pulsar. Não entendeu o que estava acontecendo com seu corpo, mas resolveu chegar mais perto daquela que mexera completamente com todos os seus sentidos. Não era uma mulher qualquer, ao mesmo tempo que parecia ser doce e suave, tinha um olhar firme e centrado, que brilhava realmente como duas esmeraldas. Por isso, mudou de fila e ficou logo atrás daquela que parecia ser a mulher mais bela de todas que já conhecera. Sem ter muito o que dizer, começou uma conversa daquelas de elevador, onde as pessoas tentando mostrar simpatia, acabam por trocar algumas palavras com pouca importância. Mas ele necessitava falar com aquela mulher, precisava conhecê-la melhor. Sua vida não poderia seguir adiante sem saber quem era aquela que o deixara daquele jeito. Ela não parecia muito disposta a se abrir, porém ele continuava as investidas sem cessar. Com frases curtas e sem muitos detalhes, ela respondia tudo o que ele lhe perguntava, sem interrogá-lo nenhuma vez. Pediu seu telefone e ela sem pestanejar negou. Mas com tanta insistência acabou por ceder, escrevendo os números em um pequeno pedaço de papel, que estava em sua bolsa. Quando viu aqueles números escritos ali, seus olhos brilharam, com a certeza de que ela não escaparia mais. Com apenas um tchau e um pequeno sorriso, que o enfeitiçara, ela deixou o supermercado, mas jamais deixaria o coração daquele homem deveras apaixonado. Foi quando o telefone tocou e ele despertou de seu mais belo sonho. Assustado, lembrou daquele sorriso e era como se a sentisse dentro de seu coração, como se aqueles olhos de esmeralda o seguissem por onde quer que ele fosse.

Um comentário:

  1. É incrivel mesmo como que um sonho pode nos acreditar e viver dentro dele.
    Bom texto Lulu!
    Beijos

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