quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Amor real

Era uma menina doce e delicada, como uma flor desabrochando. Tinha um sorriso suave, que encatava a todos que o viam. Um olhar intenso com seus olhos de oceano, que fazia qualquer homem delirar. Tinha a pele macia como a seda e rosada como uma maçã. Cabelos escuros como o ébano, parecia até mesmo a Branca de Neve. É, ela era realmente diferente, com aquela personalidade meiga, que fazia com que todos a admirassem desde a primeira vez. Seu coração era inteiro paixão, paixão que arde e a faz enlouquecer. Enlouquecer de amor e de prazer. Ah, aquele homem... Seu coração o pertencia desde o primeiro momento e certamente até o último. E ele a amava da mesma forma e mesma intensidade, como se tudo que um sentisse fosse recíproco e se um amasse mais, o outro amaria mais ainda. Amor sem prazo de validade e sem vencimento. Ah, esse amor é diferente, é inteiro. Como se fosse formado por parte de cada um deles, que juntas formavam uma imensidão, que jamais teria fim. Não é aquele amor que dói, que precisa ferir ao mesmo tempo que faz sorrir. É aquele amor que só existe em contos de fadas... Aquele amor que começa com "Era uma vez" e termina com "E foram felizes para sempre". Aquele amor que todos sonham, mas que no fundo não existe. E que bom, sabe por que? Porque qual é a graça de amar sem ter altos e baixos? Sem ter brigas para fortalecer todo aquele sentimento que une um casal? Sem ter aquele recomeço que faz tudo parecer melhor? Qual a graça de viver uma vida perfeita, ao lado de alguém perfeito? A perfeição não existe, defeitos estão aí para serem superados e para fazer do amor, superação. Porque amar é superar todos os limites da vida, é fazer do fim um recomeço, e por favor, sem "E foram felizes para sempre"! Deixemos isso nos livros, guardados nas histórias, que jamais se tornarão realidade, diferente do amor que nós vivemos, que se torna mais real a cada dia.

Um comentário:

  1. Excelente divagação Luíza. Naquele estilão que "parece vou escrever somente lugares comuns" e arrebata no fim com "existe perfeição?" Existe, somente na imperfeição! Excelente blog!

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