sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Silêncio...

O silência dele perduráva-se em minha vida. Não sabia se ele havia me esquecido ou se algum dia ainda ligaria para mim. Todas as noites aguardava ao lado do telefone a sua ligação, mas seu silêncio continuava a me maltratar. Por mais que houvesse uma enorme distância entre nós, era como se nossos corações ainda estivessem ligados. O sentia comigo todos os dias e por mais que ele tivesse me esquecido, a imagem de seu rosto sorrindo para mim, jamais saíria da minha mente. A distância não fez com que ele se ausentasse da minha vida, por mais que milhares de quilômetros nos separássemos, ainda o carregava em mim. Passavam-se os dias e nada mudava, ele não me ligara, nem mesmo mandara cartas. Era como se eu não existisse mais em sua vida, como se tivesse passado uma borracha em nosso passado. Será que ele havia conseguido apagar tudo o que nós um dia já vivemos juntos? Seria tão injusto... Não injusto comigo, mas conosco, com tudo o que contruímos. Ele não poderia ter feito isso, era como se tivesse matado uma parte que existia em mim, uma parte de nós. Depois de alguns meses de angústia e sofrimento, resolvi me despedir daquilo tudo que eu estava passando e começar uma nova fase em minha vida. Como se aquele ciclo tivesse tido um fim e agora só havia uma opção, seguir em frente. Mudei tudo, só não conseguia mudar aquilo que morava em mim, aquele sentimento que por mais que eu tentasse, insistia em não me largar. Era como se aquela história por mais que eu tentasse ainda não tivesse acabado. Seu sorriso me perseguia, me impedindo de recomeçar. O passado continuava ali, mais presente do que nunca, intacto, como se jamais pudesse ir embora. Mas eu tentava, fugia das lembranças e de tudo que me fazia pensar nele. Foi quando em um dia qualquer, a campainha tocou. Parecia um sonho, aquele rosto sorrindo para mim, aquele que eu só via em minhas lembranças, ali parado na minha frente, com um buquê de rosas vermelhas na mão. Comecei a chorar e por mais que eu tentasse as lágrimas não paravam de cair. Não há como explicar o que eu estava sentindo, era como se tivessem tirado a faca que estava em meu coração. Como se flores tivessem começando a brotar em minha alma, era o dia mais feliz da minha vida. O abraçei e beijei, desejando passar a eternidade em seus braços.

2 comentários:

  1. Lindo, lindo, lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Gostei muito mesmo!!! A cada texto que passa vc consegue melhorar hein, to gostando de ver! agora falta eu consguir escrever assim hahaha
    beijocass

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  2. Sempre quando alguem toca em você, você nunca se esquece, mas pode acreditar que a outra pessoa também não.
    Algum dia todos voltam.
    Ótimo texto Lulu!!
    Beijos

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