segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Calor

Esse calor que sinto quando estou ao seu lado é tão bom. Parece que todo o amor e toda a paixão que sinto por você fervem em mim. Estar com você é tudo o que sempre quis, porque a felicidade hoje não é mais uma meta, mas uma realidade para mim.
Todo o gelo que estava em mim se derreteu, quando você tocou no meu rosto, me acariciando e chegando mais perto para me roubar um beijo. Nesse momento todos os sentimentos que viviam em mim se despertaram e finalmente pude perceber que só ao seu lado poderia viver. Descobri que era você a pessoa que eu esperei por todos esses anos, e que bom que esperei. Porque perto de você os outros são só os outros, e você, simplesmente você.
Amor, agora sim entendo seu significado. Não, não tenho como explicá-lo, porque só quem sente o sabe. E o sinto tão dentro de mim, nas mais profundas partes de minha alma. Descobri lugares em meu interior que nunca havia sequer notado. O amor faz isso, nos faz perceber tudo aquilo que nós nunca demos valor em nós. Nos faz encontrar em cada parte de nós mesmos mais um pouquinho de sentimento que pode ser compartilhado. Nos faz compartilhar, carinho, afeto, vida, sentimento. Nos faz entender o que é viver; não viver por viver, mas viver por alguém.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Frio

Nesse frio algo passou pela minha mente, algo estranho e eu nem mesmo sei o porquê. Cadê aquela pessoa para me aquecer? O frio parece cada vez mais gelar o meu rosto, que eu não tenho como cobrir. Nada em mim aparece, tudo está coberto, tentando amenizar esse frio, que parece muito mais estar dentro de mim, do que na minha própria pele. Meu coração parece congelado e não há ninguém aqui que possa derreter esse gelo. O frio que entra pela fresta da janela já não faz a mínima diferença, já que esse que mora em mim me maltrata muito mais. A dor de viver e estar constantemente sozinha me invade, como um furacão e fica aqui comigo em todos os momentos. Parece mesmo que eu preciso de alguém que divida comigo a torta, que deite ao meu lado na hora de dormir, que me abrace quando a angústia bater no meu peito, que me console na hora que as lágrimas não conseguirem secar. Preciso de alguém que passeie ao meu lado no calçadão, que me dê 'boa noite' na hora de dormir, que ria das minhas piadas sem graças, que dance comigo bem coladinho. Preciso de alguém que diga que eu estou linda, que mesmo de manhã meu rosto continua iluminando o seu dia, que meu sorriso alegra qualquer dia monótono, que viver sem mim não é viver. Preciso de alguém que me mostre o que é o amor, que me ame e me faça o amar também. Preciso de alguém para dividir minha vida e alguém que possa seguir comigo. Porque viver sozinha não é viver, é apenas existir. E a existência é tão chata, tão triste e monótona, como aqueles dias de frio, que você apenas precisa de um abraço apertado, aquele abraço que eu ainda não encontrei.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Nada do que foi será...

E dizer que não te amo mais seria apenas uma mentira, mais uma das tantas que já contei. É difícil perceber que seu amor por mim não é mais o mesmo, virou pó, que com o tempo será levado pelo vento. Não sei se parece estupidez da minha parte tentar fazê-lo me amar como antes. Sei que não dá mais, o amor se foi e o que sobrou foram apenas migalhas, migalhas que não conseguem transformá-lo em pão novamente.
A melhor parte do amor é amar, amar sem razão, sem motivo, sem saber o por quê. A pior é tentar fazer o que sobrou virar novamente o que era. Afinal, já dizia Lulu Santos: "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia... Tudo passa, tudo sempre passará..."
Mas quando a gente pensa em tudo aquilo que poderia ser, dá uma dor no peito, de imaginar que nada foi do jeito como planejamos ou apenas sonhamos. É frustrante ver que aquele que um dia foi nosso grande amor está cada vez mais distante. Não distante em corpo, mas distante em coração. Porque quando duas pessoas se amam, mesmo distantes, mesmo com as dificuldades, seus corações as unem, fazendo com que a distância seja apenas um detalhe em meio a um imenso sentimento. Sentimento esse que as unem, mais do que até mesmo aqueles que estão próximos, mas que os corações já não caminham juntos.
Eu luto, luto para que nossos corações possam se unir novamente, mas parece que quanto maior a luta, maiores são os obstáculos, e o seu coração cada vez mais longe está de mim. Em meio a tantos outros, foi você, somente você que eu escolhi para compartilhar a minha vida, que se tranformou em nossa e agora é apenas minha novamente. E desse amor, grande amor, sobraram apenas lembranças, que com o tempo, eu até mesmo preferiria apagar...


PS: ISSO QUE ESTÁ AI NÃO É O QUE EU SINTO EM RELAÇÃO A NINGUEM. TO DIZENDO ISSO, PORQUE JÁ ME PERGUNTARAM, MAS NÃO TEM NADA A VER, EU SÓ ESCREVI.

sábado, 10 de outubro de 2009

Vale a pena

A vida é feita de escolhas... Escolhas essas que até mesmo transformam quem nós somos e como vemos as coisas. Elas são tão fundamentais, que às vezes nós nem nos damos conta de que estamos fazendo-as. Temos que admitir que escolher é algo complicado, afinal vivemos num mundo, em que o que não nos falta são opções. E parece que quanto mais o tempo passa mais difícil vai ficando. Eu particularmente tenho uma dificuldade imensa em escolher, parece que isso significa a morte pra mim. Sabe aquela indecisão que sempre bate e o que nos resta é passar essa decisão para os outros? Então... Parece que isso me persegue, e eu acabo por deixar que os outros resolvam mesmo. Tão mais simples, não é mesmo? Mas e quando só cabe a nós mesmos aquela decisão? Aí bate uma tensão, afinal a comodidade está sempre presente em nossas vidas. Por mais que insistamos em dizer que odiamos rotina, que mudar é o nosso lema, a comodidade bate em nossa porta e por mais que nós não queiramos abrir, é como se ela já tivesse a chave e nos invadisse, e quando nós vemos ela já está lá sentada no sofá da nossa sala tomando cafézinho e lendo o nosso jornal. A comodidade é algo presente na vida da maior parte das pessoas, afinal mudar é muito difícil. Há de ter uma vontade muito grande, aquele desejo de mudança, que mora em você, mas que às vezes até mesmo cai no esquecimento. Eu sei, eu sei, você deve estar pensando: "mas mudar é tão bom". Pois é, que é bom, é sim, mas não podemos negar que requer certa força de vontade. A não ser, é claro, que essa mudança venha ao longo de um tempo e que você mesma não perceba os resultados iniciais que ela pode causar. É bom conhecer novas pessoas, tranformar nossa vida em algo diferente, mudar os lugares que frequentamos, e até mesmo o modo de agir com algumas coisas, que antes pareciam coisas de outro mundo e hoje você já não se sente mais inconfortável, ou até mesmo inconformada com aquilo. Mudar é como dançar ballet, no começo dá aquela dorzinha, mas o resuldado final é sempre gratificante. Viver é assim também, dói, mas nós sempre temos a mesma certeza: valeu a pena.

domingo, 4 de outubro de 2009

Aqui dentro

Sentimentos moram em mim. Mas muitas vezes parecem nômades, porque não conseguem ficar quietinhos aqui dentro, cismam em mudar. E mudam tanto, que fico meio confusa. Não dá para entender, sinto coisas tão antagônicas, mas todas parecem reais demais, para serem apenas fantasia. Tudo é maravilhoso em seu momento, até mesmo a tristeza tem a sua hora de viver em mim. Parece que esses sentimentos escolhem dia e hora certo para virem e quando chegam, está no momento perfeito. Porque há dias que simplesmente é necessário ficar triste, nem que seja só uma pontazinha de tristeza, uma fisgadinha. Não precisa ser nada avassalador, que transforma tudo em rios de lágrimas, o estômago em um lençól torcido e os seus olhos no escape de tudo aquilo que está em você. Alegria pode ser muita ou pouca, mas será sempre bem vinda. Afinal, não faz mal a ninguém, não é mesmo? Ou vai me dizer, que algum dia você ficou tão alegre, que ficou mal ? Isso não existe, alegria faz bem e ponto. Por mais, que não haja uma alegria eterna, é sempre maravilhoso estar alegre. Mesmo que seja impossível estar alegre o tempo inteiro, aquele momento de alegria é fundamental.
Cada um tem a sua maneira de viver, há tantas pessoas, que vivem com um sorriso no rosto na maior parte do tempo, e ele é apenas uma farsa, já que por trás dele, habita uma certa angústia, uma tristeza, que a pessoa teima em esconder de todos, sem pensar que poderia dividí-la para tentar amenizá-la. Estar triste não é vergonha para ninguém, é apenas fase, passa, e quando você vê a tristeza já está lá longe, dando tchauzinho para você, e a alegria já está te invadindo sem nem pedir permissão.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Livros


A menina era doce, meiga e amante dos livros. Tinha em sua mente um turbilhão de pensamentos, que borbulhavam e faziam com que ela estivesse sempre cheia de perguntas. Não era apenas inteligente e culta, apesar de tão nova, já se via esforço em tudo que fazia, tentando alcançar sempre a perfeição, tarefa que era na maior parte das vezes atingida. Seus livros eram como amigos, em que compartilhava sensações, sentimentos, enfim, transformava-os pratimente em pessoas, em que devotara a maior parte dos sentimentos que existiam em si. Eles não só a ensinavam, como a fazia conhecer lugares novos e a aconselhava sempre que estava "perdida". Não era à toa, que aonde quer que fosse estava acompanhada de seu "melhor amigo". Era como um confidente, que muito mais que um ser humano, nunca a abandonara. Aos olhos dos outros, era apenas uma menina estranha, solitária, que precisava de amigos de verdade ou ao menos de alguém que pudesse dar toda a atenção que ela necessitava. Mas quem visse com outros olhos, olhos com sentimento e emoção, perceberia, que não havia solidão ali, mas cumplicidade. Era uma menina especial, não precisava da companhia dos outros, e nem da opinião de quaisquer que fossem, só necessitava sempre da ajuda de seus bons e velhos amigos, os livros. Neles ela poderia depositar toda a sua confiança, afinal, eles eram mais do que qualquer um fiéis. Algumas vezes ela chegara a pensar que seu único defeito era não poder falar, mas acabara chegando a conclusão de que essa poderia ser a maior de suas virtudes. Ele não tentava ser o que não é, não era falso, nem invejoso. Era o amigo perfeito, aquele que nós sempre sonhamos em ter. Com ele não havia competições, nem brigas, ele sempre dava sem querer nada em troca. Mas a verdade é que não há como compará-lo às pessoas, porque pessoas são de carne e osso, tem sentimentos e emoções. Livros são inanimados, não sentem nada, apenas nos fazem sentir. É como eu disse ali em cima, dão sem querer nada em troca e muitas vezes o que nós precisamos mesmo é dessa troca.

domingo, 13 de setembro de 2009

Inspiração, cadê você?

Por mais que eu tente e persista em escrever, nada de bom sai. Os sentimentos que naturalmente são expressos a cada texto escrito fogem e parecem não voltar mais. Tudo em que eu penso para escrever não sai ou pelo menos para mim não é bom o suficiente para ser postado. Cadê a inspiração? Será que é culpa dela mesmo?
Nunca soube se essa tal de inspiração existe mesmo, ou se é fruto de nós mesmos, que em alguns dias estamos com os dedinhos loucos para escrever, enquanto em outros, as palavras somem e não há nada que possa ser escrito que nos agradará. Sabe como é, o ser humano necessita de desculpas quando vai mal em alguma coisa ou quando não quer admitir sua fragilidade. É mais do que normal vermos pessoas falando das causas de tudo, sendo que essas causas nunca advêm de si mesmas. E quando tudo vai a mil maravilhas os responsáveis é claro que somos nós mesmos, afinal, é sempre bom mostrarmos o quanto somos bons, não é mesmo?
Mas voltando ao assunto, é, vocês já devem ter percebido como eu sempre desvio dos assuntos, dedinhos chatos os meus. Mas, enfim, estou num momento em que nada que eu escrevo sai bom o bastante, por isso, meus posts estão cada vez mais raros. Mas tentarei mudar essa situação, já que eu gosto tanto disso tudo aqui, adoro escrever e mais ainda adoro quando gostam dos meus textos. Minha mente vai mandar ideias boas como antes e junto a elas unirei todo e qualquer sentimento, já que textos sem boas ideias e sem sentimentos não são textos; são meras palavras escritas e ligadas formando parágrafos, que não nos trazem emoção alguma.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Amor a dois

Eles se olharam nos olhos e sentiram uma sensação que em tempo algum sentiram dentro de si mesmos. Olhos profundos, cheios de emoções, que a cada segundo que passava, desejavam cada vez mais decifrar. Era como se a cada piscar, tudo aquilo que estava lá dentro, multiplicáva-se, transformando-se em um sentimento cada vez maior. Era a primeira vez que se viam, mas por mais que jamais tivessem se tocado, parecia que aquele era apenas mais um dia, dos milhares que já haviam passado juntos. Tudo aquilo parecia estranho, mas ao mesmo tempo era a melhor sensação que já havia passado dentro de seus corações. Dentre todos os amores que já viveram, aquele parecia o mais sincero. Por mais que todo aquele sentimento ainda não tivesse tido oportunidade para ser vivido, aquele dia seria apenas o começo. O começo de um amor, o começo de uma nova vida. Vida em que agora cada um dedicaria para fazer o outro feliz. Sim, eles sabiam que a felicidade dos dois só estaria plenamente segura, se cada um deles estivesse feliz na relação. Afinal, que amor suporta a felicidade de apenas um? Para se estar completo, era necessário que os dois estivessem dispostos a estarem juntos e para isso no momento a única coisa que bastava em suas vidas, era o amor de um ao outro. Aquele amor, já transformara a vida de cada um em algo muito melhor, do que qualquer momento de suas vidas. Transformara tudo aquilo que já haviam vivido separadamente em um passado muito distante, que jamais retornaria, dando espaço apenas para um novo começo, um futuro a dois, um amor a dois.

sábado, 5 de setembro de 2009

Ah o aniversário...

Era como se aquele fosse o dia mais especial de sua vida. Com aquele olhar brilhante de menina e aquele sorriso sincero de criança, ela imaginava a hora de receber todos os seus presentes, de ver todos aqueles que mais ama reunidos para celebrar o seu dia. Se sentia o centro de tudo, e aquilo lhe dava uma sensação maravilhosa, de pelo menos naquele momento ser a mais importante para todos que estavam ali presentes. Seus tios gritavam sobre futebol, sua mãe e avós falavam sobre assuntos calmos, esse contraste acabava por fazê-la rir daquilo tudo. Ai, como era bom ver toda aquela reunião familiar, que acontece tão poucas vezes por ano, mas que reafirma a cada momento junto, o quanto a família é impressindível em sua vida.
Hoje é meu aniversário. Me senti como uma criança, contando os dias para o aniversário chegar, pensando nos presentinhos e em como comemorar. Afinal, aniversário é uma vez por ano apenas, temos que aproveitar a chance de sermos agraciados, de receber milhares de votos de felicidade e de todos dizerem o quanto nós merecemos o melhor em nossas vidas. É sempre assim, os mesmos discursos, mesmas falas e mesmo assim nós adoramos receber e ouvir todo o ano, mesmo que seja exatamente igual. Sentir-se amado é a melhor coisa, e não há melhor dia para isso, do que o aniversário, afinal, é o seu dia. Não que haja hora ou lugar para se sentir amado, afinal quem nos ama no aniversário deve nos amar todos os dias. Mas o aniversário... Ah, o aniversário é especial!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tudo novo de novo...

A vida é estranha... Muitas vezes nos aproximamos de pessoas que nem imaginamos nos aproximar e acabamos compartilhando muitos momentos com elas. O engraçado é que aquela pessoa que a gente não dava nada, acaba se tornando uma grande amiga, ou um namorado, enfim alguém especial para nós. Criamos um laço tão forte, que é difícil desatar. É como se diz, do nada se tornou tudo. E não é verdade? Quem nunca vivenciou uma situação dessa? A sensação de ver aquela pessoa que não passava de uma conhecida se tornando nossa amiga, confidente ou mesmo nosso amor é tão boa. Sentir que o tempo não influencia no relacionamento e que por mais que vocês fossem completas estranhas, agora vocês se amam. Quem nunca sentiu isso, experimente! Experimente novas relações, novos amigos, novos amores.... Viva como se você buscasse um novo mundo, uma nova vida, novas companhias.... Como se fosse recomeçar, deixar as pessoas do passado no passado e para o presente buscar carne nova. Mas claro, sem esquecer dos velhos e bons amigos, que esses com certeza, não existem iguais. Podem ter milhões de novos amigos, conhecermos milhares de pessoas, mas ninguém se compara a aquele amigo irmão, aquele que dividiu todos os momentos com você, que como dizem, ajudou a contruir a sua história, esse não existem palavras que defina.
Os amores do passado, deixe lá, guardadinho nas lembranças. A não ser que esse, se renove a cada dia, se tornando um novo amor a cada momento. Não, não estrague suas lembranças tentando reviver momentos que não voltarão mais. Isso apenas distorcerá toda aquela imagem de felicidade que você guardava. Não fará você reviver os momentos com a mesma alegria de antes, fará você ver que aqueles momentos não voltam mais e que agora você é uma nova pessoa e aquela realidade não se encaixa mais na sua realidade. E nessa sua realidade você vai incluir novas pessoas, novos amores, novos amigos, enfim, tudo aquilo que a partir desse momento se encaixará na sua vida. Então, dê espaço aos novos que chegam, dê a oportunidade a si mesmo de amar outras pessoas. E os momentos, deixem lá, dentro da caixinha nas suas memórias. Lembranças intactas, é só isso que sobra... O resto, vira resto...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Te amar...

Ah, te amar já me basta...
Ter seu coração inteiro pra mim
Como se fosse parte minha
Ah, ter você pra mim já me basta
Ter o seu amor junto ao meu
Suas mãos me acariciando
Sua boca junto à minha
Ah, não preciso de mais nada
Só preciso de você aqui comigo
Bem pertinho, coladinho
Preciso de você aqui hoje, amanhã...
Precisarei de você até o fim...
E quando você estiver indo embora
Por favor, fique
Não, não vá
Preciso de você aqui a cada minuto comigo...
E um dia se a gente se separar
Não, não pense que você terá ido embora da minha vida
Você estará aqui comigo, até o fim
Porque meu amor
Ah, esse amor não acaba...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Baú de lembranças

O vento no rosto, lhe trazia recordações... Recordações de um tempo não tão distante, afinal não carregava tantos anos em sua bagagem. Era uma menina sonhadora e mesmo assim mantinha seus pés no chão. Muitas vezes seus sonhos eram tão intensos, que a faziam tirar os pés do chão e faziam com que ela voasse para lugares muito distantes, onde ela imaginava encontrar seu pai. Já faziam dois anos que não o via e mesmo assim ainda sonhava com o dia em que o encontraria e o abraçaria com a maior força que pudesse.
Morava com a mãe e a avó, mas sempre foi tão apegada ao pai, que por mais que sua mãe lhe doasse todo seu carinho e amor materno, ela insistia em perguntar por ele todos os dias. Sua mãe apenas dizia que ele tinha viajado para um lugar muito distante e por isso elas não poderiam encontrá-lo. A menina continuava a sonhar todas as noites com o pai, o encontrava no mesmo lugar e a única coisa que fazia era abraçá-lo. Os dias iam passando e sua angústia aumentando... A única lembrança que tinha do pai, era de sua risada escandalosa e seus braços fortes que a carregavam para todos os cantos. Seus braços traziam tanta tranquilidade à ela, que ela daria tudo para que pudesse ser carregada novamente por eles. Mas esse dia parecia nunca chegar e a menina já não aguentava mais tanta espera. Seus sorrisos começaram a se transformar em lágrimas, já não tinha vontade de brincar, nem de comer. Começaram a crescer sentimentos muito ruins em seu coração, que a faziam pensar se valia mesmo a pena viver sem aquele que sempre devotara o maior dos amores. Sua mãe que já estava preocupada com o rumo que suas vidas estavam levando, começou a pensar em alguma forma de contar à menina a verdade. Foi quando em um dia, durante a tarde, em que elas assistiam à televisão, que a mãe resolveu desabafar:
- Minha filha, tenho uma coisa para lhe contar, que já deveria ter sido dita há muito tempo.
A menina assustado assentiu para que a mãe continuasse...
- Seu pai está num lugar muito distante e nós nunca mais poderemos encontrá-lo, pois há dois anos atrás ele foi para o céu. Está vivendo com o anjinhos, meu bem!
Foi quando lágrimas começaram a escorrer e de onde elas vinham, ainda haviam muitas outras... A menina chorou durante longas horas e parecia que aquelas lágrimas não secariam nunca mais. Mas com o passar dos dias, elas já não vinham com tanta frequência, a menina estava aprendendo a conviver com a falta que a consumia. As saudades estavam lá, sempre presentes em sua vida, mas faziam com que ela percebesse, que elas só existiam porque durante algum tempo ela viveu momentos maravilhosos com o pai. Essa saudade não significava tristeza e sim alegria, alegria de ter passado aqueles anos com aquele que considerava seu herói. Tudo que um dia ela viveu com ele, estaria para sempre guardado em um baú um pouco empoeirado, mas que ela fazia questão de limpar todos os dias, esse baú estaria para sempre em seu coração. Porque por mais que a vida tenha o tirado dela, ninguém jamais o tiraria de seu coração.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Hoje viria aqui para falar de coisas alegres, afinal é aniversário da minha melhor amiga. Desejar tudo aquilo que ela merece de melhor e dizer o quanto a amo. Mas as notícias me fazem seguir outro rumo, que diga-se de passagem não me trás alegria alguma. A tarde parecia normal como de qualquer segunda-feira ensolarada, mas a partir dessa notícia parece que o tempo fechou. Hoje, uma parte da minha família se vai, parece que pela primeira vez na minha vida estou vendo alguém tão próximo ir. E é uma sensação estranha pensar que por mais que eu queira, só poderei encontrá-lo nas lembranças. Lágrimas já caíram e secaram. Mas a sensação que se tem é que ainda há um rio dentro de mim, que precisa escorrer. Provavelmente foi melhor para ele nos deixar nesse momento e certamente onde quer que ele esteja estará olhando por nós. Sei o quanto amava cada um de nossa família, por mais que tivesse seu jeito para tal. Desculpe se algum dia eu deixei de demonstrar meu carinho, mas pode ter certeza que sempre estará presente em meu coração. As palavras estão me fugindo, por isso, acabo aqui. Vô, te amo! Aonde quer que você esteja...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Amor real

Era uma menina doce e delicada, como uma flor desabrochando. Tinha um sorriso suave, que encatava a todos que o viam. Um olhar intenso com seus olhos de oceano, que fazia qualquer homem delirar. Tinha a pele macia como a seda e rosada como uma maçã. Cabelos escuros como o ébano, parecia até mesmo a Branca de Neve. É, ela era realmente diferente, com aquela personalidade meiga, que fazia com que todos a admirassem desde a primeira vez. Seu coração era inteiro paixão, paixão que arde e a faz enlouquecer. Enlouquecer de amor e de prazer. Ah, aquele homem... Seu coração o pertencia desde o primeiro momento e certamente até o último. E ele a amava da mesma forma e mesma intensidade, como se tudo que um sentisse fosse recíproco e se um amasse mais, o outro amaria mais ainda. Amor sem prazo de validade e sem vencimento. Ah, esse amor é diferente, é inteiro. Como se fosse formado por parte de cada um deles, que juntas formavam uma imensidão, que jamais teria fim. Não é aquele amor que dói, que precisa ferir ao mesmo tempo que faz sorrir. É aquele amor que só existe em contos de fadas... Aquele amor que começa com "Era uma vez" e termina com "E foram felizes para sempre". Aquele amor que todos sonham, mas que no fundo não existe. E que bom, sabe por que? Porque qual é a graça de amar sem ter altos e baixos? Sem ter brigas para fortalecer todo aquele sentimento que une um casal? Sem ter aquele recomeço que faz tudo parecer melhor? Qual a graça de viver uma vida perfeita, ao lado de alguém perfeito? A perfeição não existe, defeitos estão aí para serem superados e para fazer do amor, superação. Porque amar é superar todos os limites da vida, é fazer do fim um recomeço, e por favor, sem "E foram felizes para sempre"! Deixemos isso nos livros, guardados nas histórias, que jamais se tornarão realidade, diferente do amor que nós vivemos, que se torna mais real a cada dia.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Borboletas

Uma borboleta voando, livre, com apenas um objetivo, continuar voando. E nós bobos correndo atrás dela, tentando caçá-la a qualquer custo. Ah, essa é a felicidade, aquela que nós buscamos a todo instante e quando menos esperamos está ali pousada em nossos ombros. Agora, o por quê dessa busca sem fim eu não sei, porque a verdade é que quanto mais corremos atrás dela, mais ela foge de nós. Eu vivo me perguntando: "Por que buscamos tanto uma coisa, em vez de deixá-la vir por si só?". Se percebermos, os momentos mais felizes de nossas vidas são aqueles que não há planejamento, previsão e nada além de uma grande surpresa. A surpresa torna as coisas mais gostosas de serem vividas, porque apesar de sempre querermos saber de tudo antes, o "na hora" trás bem mais emoção aos momentos. E querem saber mais? Tenho minhas dúvidas se essa tal de felicidade existe ou se é apenas uma invenção nossa para termos algum sentido para viver. Afinal, vivemos em busca da felicidade. Por mais que nós já sabamos que jamais seremos felizes para sempre e que na vida não há felicidade eterna, e sim momentos felizes. Felicidade momentânea, é essa a palavra. É como se existissem momentos felizes, mas não é por isso que os problemas irão acabar. Eles sempre estarão presentes em nossas vidas, e que bom, porque imagina se todos os dias fossem belos, se todos os momentos fossem de alegria? Tudo isso perderia seu valor aos nossos olhos, afinal a rotina nos incomoda, já percebeu? É preciso conhecer os problemas, as dificuldades para que possamos dar valor a tudo de bom que acontece conosco. Afinal, como diz Vinicius de Moraes, "É melhor viver do que ser feliz". E quando digo viver, digo aproveitar, porque certamente aproveitando, quando olharmos para o lado, veremos a borboleta lá pousada em nossos ombros.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Silêncio...

O silência dele perduráva-se em minha vida. Não sabia se ele havia me esquecido ou se algum dia ainda ligaria para mim. Todas as noites aguardava ao lado do telefone a sua ligação, mas seu silêncio continuava a me maltratar. Por mais que houvesse uma enorme distância entre nós, era como se nossos corações ainda estivessem ligados. O sentia comigo todos os dias e por mais que ele tivesse me esquecido, a imagem de seu rosto sorrindo para mim, jamais saíria da minha mente. A distância não fez com que ele se ausentasse da minha vida, por mais que milhares de quilômetros nos separássemos, ainda o carregava em mim. Passavam-se os dias e nada mudava, ele não me ligara, nem mesmo mandara cartas. Era como se eu não existisse mais em sua vida, como se tivesse passado uma borracha em nosso passado. Será que ele havia conseguido apagar tudo o que nós um dia já vivemos juntos? Seria tão injusto... Não injusto comigo, mas conosco, com tudo o que contruímos. Ele não poderia ter feito isso, era como se tivesse matado uma parte que existia em mim, uma parte de nós. Depois de alguns meses de angústia e sofrimento, resolvi me despedir daquilo tudo que eu estava passando e começar uma nova fase em minha vida. Como se aquele ciclo tivesse tido um fim e agora só havia uma opção, seguir em frente. Mudei tudo, só não conseguia mudar aquilo que morava em mim, aquele sentimento que por mais que eu tentasse, insistia em não me largar. Era como se aquela história por mais que eu tentasse ainda não tivesse acabado. Seu sorriso me perseguia, me impedindo de recomeçar. O passado continuava ali, mais presente do que nunca, intacto, como se jamais pudesse ir embora. Mas eu tentava, fugia das lembranças e de tudo que me fazia pensar nele. Foi quando em um dia qualquer, a campainha tocou. Parecia um sonho, aquele rosto sorrindo para mim, aquele que eu só via em minhas lembranças, ali parado na minha frente, com um buquê de rosas vermelhas na mão. Comecei a chorar e por mais que eu tentasse as lágrimas não paravam de cair. Não há como explicar o que eu estava sentindo, era como se tivessem tirado a faca que estava em meu coração. Como se flores tivessem começando a brotar em minha alma, era o dia mais feliz da minha vida. O abraçei e beijei, desejando passar a eternidade em seus braços.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Olhos de esmeralda

Abriu a geladeira e pegou a água. Com o copo na mão, o encheu até a metade. Guardou a água e seguiu até a sala, onde sentou-se na poltrona e ligou a Tv no programa de esportes da tarde. Bebeu a água e deixou o copo na mesinha que estava ao seu lado. Havia dormido pouco essa noite e por isso o sono o rondava, deixando suas pálpebras pesadas e acabando por fazê-lo cochilar. Acordou sentindo um vazio no estômago, era a fome se anunciando e por isso foi ao supermercado fazer compras, já que sua geladeira estava vazia. Chegando lá, pegou as guloseimas de sempre, pães, biscoitos, queijos, refrigerante, cervejas e tudo aquilo que com certeza faria mal à sua saúde, mas que ele não deixara de comer nem por um dia. Se dirigiu até o caixa que percebera ter a menor fila. Foi quando avistou uma mulher de olhos verdes como esmeraldas ao seu lado e sentiu como se seu coração tivesse parado por um segundo de pulsar. Não entendeu o que estava acontecendo com seu corpo, mas resolveu chegar mais perto daquela que mexera completamente com todos os seus sentidos. Não era uma mulher qualquer, ao mesmo tempo que parecia ser doce e suave, tinha um olhar firme e centrado, que brilhava realmente como duas esmeraldas. Por isso, mudou de fila e ficou logo atrás daquela que parecia ser a mulher mais bela de todas que já conhecera. Sem ter muito o que dizer, começou uma conversa daquelas de elevador, onde as pessoas tentando mostrar simpatia, acabam por trocar algumas palavras com pouca importância. Mas ele necessitava falar com aquela mulher, precisava conhecê-la melhor. Sua vida não poderia seguir adiante sem saber quem era aquela que o deixara daquele jeito. Ela não parecia muito disposta a se abrir, porém ele continuava as investidas sem cessar. Com frases curtas e sem muitos detalhes, ela respondia tudo o que ele lhe perguntava, sem interrogá-lo nenhuma vez. Pediu seu telefone e ela sem pestanejar negou. Mas com tanta insistência acabou por ceder, escrevendo os números em um pequeno pedaço de papel, que estava em sua bolsa. Quando viu aqueles números escritos ali, seus olhos brilharam, com a certeza de que ela não escaparia mais. Com apenas um tchau e um pequeno sorriso, que o enfeitiçara, ela deixou o supermercado, mas jamais deixaria o coração daquele homem deveras apaixonado. Foi quando o telefone tocou e ele despertou de seu mais belo sonho. Assustado, lembrou daquele sorriso e era como se a sentisse dentro de seu coração, como se aqueles olhos de esmeralda o seguissem por onde quer que ele fosse.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cacos...

- Recolha os cacos do seu coração e guarde-os para você. Não quero mais nada que venha de você, nem mesmo cacos.
Eu apenas respondi:
- Se você roubou minha vida, agora a recuperei, e farei questão de vivê-la por todos esses anos confiscados.
Ele me olhou com aquela cara, que no momento só me fazia sentir mais raiva e disse:
- Se eu roubei sua vida, você roubou a minha felicidade. E essa não tenho mais como recuperar.
Olhei para ele e respondi:
- A vida é feita de escolhas, você fez as suas. Sua felicidade está dentro de você, você apenas não teve com quem desfrutá-la, pois para você não sou ninguém.
Desde então resolvi fazer o que ele disse. Peguei caco por caco de meu coração e guardei dentro de mim. Era muito cedo para consertá-lo, por isso preferi apenas guardá-los. É, definitivamente era o fim, depois de anos não havia mais volta. Foram tantas brigas, que eu pensei que essa seria apenas mais uma, mas não, essa foi diferente. Ela partiu meu coração e ele fez questão de quebrar esses pedaços ainda mais. Ele, aquele que eu havia escolhido para viver comigo todos os momentos de minha vida, fez questão de me ferir com aquilo que pra mim era a pior das armas, as palavras. Me disse coisas tão cruéis, que eu pensei estar em um pesadelo, mas a realidade estava ali na minha frente, eu que não quis enxergá-la. Ele nunca me amou, tampouco teve consideração a mim. Nunca a havia esquecido, aquela em que devotara o maior dos amores. Ela estava presente em seu pensamento e em seu coração, desde sempre e por mais que eu quisesse, jamais conseguiria apagá-la. Fiz de tudo para que aquele homem me amasse, mas não tinha jeito, seu coração era de outra e boiava em uma piscina de arrependimento. Arrependimento esse que o fez mergulhar na amargura, se tornando um homem frio e seco, que quanto mais o tempo passava mais insistia em me torturar.
Mas chegou o dia em que tudo acabou, ele botou em pratos limpos todos os seus sentimentos e arrependimentos. Tudo aquilo que desejava ter vivido e não viveu, tudo que deixou para trás para viver nossa vidinha, que em momento algum pode ter sido considerada feliz. Foi o fim daquilo que nunca havia tido início. Ele quebrou meu coração, que há anos já estava partido, mas fez questão de quebrá-lo ainda mais, pois se ele não havia sido feliz eu também não poderia ser.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um vazio sem fim

Estava num daqueles dias em que a solidão nos invade a alma, consumindo todas as nossas energias positivas e nos fazendo sentir como se não houvesse mais ninguém no mundo além de nós. Tudo parecia meio cinzento, o ponteiro do meu relógio de pulso parecia paralizado e meu coração dizia que não havia ninguém comigo. As horas passavam vagarosamente e eu ainda sentia como se tudo estivesse vazio. Por mais que todas as pessoas queridas estivessem ali comigo naquele momento, era como se elas fossem apenas bonecos enfeitando um cenário, em que eu não pertencia. Estava em outro mundo, onde existia somente eu e eu. Não, não sou do tipo de pessoa que acredita na filosofia de que no fim somos apenas nós e nós mesmos, tampouco daquelas que dizem que nós nos bastamos. Eu queria apenas alguém que pudesse dividir comigo aquilo tudo, mas percebi que ninguém poderia sentir com tal intensidade o que estava passando dentro de mim, pois aquele sentimento não saíria mais dali, me pertenceria até o último dia de minha vida. Todos estavam tentando me consolar, mas parecia que não havia ninguém que eu pudesse abraçar. Em corpo eles se mantiam ali presentes, mas em alma não estavam junto a mim. Minha tristeza era profunda demais para que alguém conseguisse sentí-la, ela estava bem no fundo da minha alma, dando uma passadinha de vez em quando em meu coração. Coração esse que parecia gelado de solidão. Não era um dia qualquer mesmo, percebi que de agora em diante minha vida não seria mais a mesma, a tristeza estaria sempre ali, escondida atrás do armário e a qualquer momento me invadiria e tomaria conta de meu corpo. Quando recebemos uma notícia dessas é essa a sensação que nós sentimos, um vazio sem fim, a tal solidão.

ps: é apenas um personagem.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Inesperado, mas certamente especial

Abriu os olhos com a sensação de que esse era um dia especial. Levantou da cama, foi andando com passos lentos, como se ainda estivesse sobre efeito do sono, até o banheiro, escovou os dentes e lavou o rosto com aquela água gelada, que lhe arrepiou os pelos do corpo. Desceu as escadas degrau por degrau, até que chegou na cozinha onde preparou seu café e suas torradas com manteiga e levou-os até a mesa, onde pôde saboreá-los com toda a tranquilidade de todas as manhãs. Leu seu jornal, como faz todas as manhãs e voltou ao quarto, onde se trocara para ir ao trabalho. Botou seu terno, como sempre o fazia, desceu novamente a escada, pegou sua pasta e saiu. Entrou no carro parado na garagem e dirigiu até seu trabalho que não era tão distante dali. Chegou lá e tudo parecia igual a qualquer outro dia de trabalho, as mesmas pessoas, com as mesmas caras, tudo igual. Na hora do almoço foi até o restaurante de sempre, pediu uma salada com quiche e um suco de laranja. Nada de sobremesa, apenas um cafezinho para dar ânimo para o resto do dia naquele trabalho que pouco lhe agradava. Voltou ao trabalho e tudo parecia paralizado, nada mudava, as mesmas pessoas com as mesmas caras, como se o tempo tivesse parado. Trabalhou, trabalhou, trabalhou... Fim de espediente, hora de ir para casa. Pegou seu carro e dirigiu até em casa. Chegando lá foi ao quarto, onde tirou seu terno e foi direto ao banheiro. Tomou o banho, secou-se e voltou ao quarto para vestir seu pijama. Pegou o telefone ligou para a pizzaria e pediu uma pizza calabresa e uma coca-cola gelada. Ligou a Tv, já que hoje era dia de seu time jogar. O jogo já havia começado fazia 10 minutos e ainda estava 0x0. A campainha tocou, certamente era a pizza. Pegou sua nota de cinquenta e abriu a porta. Avistou um lindo rosto, com ar de cansaço e um olhar meio perdido... Quem seria aquele anjo em sua frente? Não exitou e perguntou-lhe quem era e por qual motivo batia em sua campainha aquela hora da noite. Ela apenas continuou olhando-o. Foi nesse momento que ele pediu-lhe que entrasse. Ela sorriu forçadamente e andou em pequenos passos até entrar na sala, sentou-se no sofá e desabou em choro. Assustado ele não sabia o que fazer, essas lágrimas o transmitiam uma certa agonia. Ele sentou-se também, aproximou-se e a abraçou... Envolvendo-a com todo o amor que durante anos não devotara a ninguém. Não perguntou-lhe mais nada, apenas continuou abraçando-a. Mesmo que tudo parecesse estranho, continuou ali, naquele momento, e certamente desejaria passar ali todos os dias de sua vida.

ps: Na vida, certamente o que nos atrai é o inesperado, mas disso falo outro dia.

domingo, 2 de agosto de 2009

Tic tac... Tic tac... Tic tac...



Estava pensando, como o tempo passa cada vez mais rápido... Com o passar dos anos venho tendo essa impressão, é como se quanto mais o tempo passa, mais rápido ele vai passando. Ele não dá trégua, vai passando, passando e passando... Não muda esse roteiro, por mais que sua velocidade não mude, nós sentimos sempre aquela sensação de que ela está acelerando e somente no último dia de nossas vidas irá freiar. O porquê eu não sei, mas Cazuza tinha razão quando dizia que o tempo não para, então o que nós devemos fazer no mínimo é tentar aproveitá-lo da melhor forma possível. Agora uma coisa que eu também venho pensando é como o nosso estado emocional pode influenciar na maneira como percebemos o tempo. Afinal quando estamos tristes parece que as horas não passam, ficam instactas naqueles instantes de dor, em que o relógio parece ser nosso maior inimigo, transformando aquela dor somente em ainda mais dor, já que o que mais queremos é que os dias passem e eles parecem acompanhar o andar das tartarugas. E se dizem que o tempo é o melhor remédio, parece que esse remédio não cura nossos instantes de sofrimento, já que aquele 'tic tac' sem fim parece ser apenas um ruído e o relógio uma faca que nos fere a cada longo segundo a passar. Nos momentos de alegria tudo muda, o tempo parece mais rápido que os carros em dia de Fórmula 1, ele vai passando, passando, quando vemos passou. Os melhores momentos passam tão rápido que quando vemos eles já se transformaram em lembranças, a felicidade está lá guardada em nossas memórias, onde bons momentos parecem ser jóias raras dentro de um baú empoeirado. Por isso, aproveitar tudo o que é bom, por mais que seja um dos maiores clichês, é um dos melhores conselhos que se pode dar, porque bons momentos se vão tão rápido quanto um piscar de olhos e são eles que nos fazem perceber o quão bom é viver, apesar de todos os problemas que surgem ao longo do nosso caminho. Então não se esqueça de viver, não, viver não é estar vivo, viver é aproveitar, fazer do tempo seu maior aliado.

sábado, 1 de agosto de 2009

Sintamos...

Como o próprio título do blog já diz: palavras, apenas palavras... Mas será mesmo que seriam "apenas"? Palavras que muitas vezes podem nos ferir, nos fazer sofrer, mas que também podem nos confortar e nos transmitir completa tranquilidade. Apesar de também achar que as palavras podem tentar demonstrar sentimentos e emoções, que não conseguem ser expressos por elas, porque afinal de contas eles não são definíveis e muito menos explicáveis, eles só existem, nós sentimos e ponto. Eu sei que muitas vezes tentamos mostrar para as pessoas o que estamos sentindo através de palavras, mas por mais que possamos dizer milhares de coisas, nada é igual a sentirmos que somos amados, que nos querem. E não é só isso... É muito melhor quando sentimos o que o outro quer que nós entendamos que ele sente, do que simplesmente ouvirmos palavras, que por mais verdadeiras que possam ser são apenas palavras. Afinal é muito melhor sentir, do que entender. Sentir é algo mágico, algo acima do racional, não precisamos de explicação para aquilo, é muito mais emoção. Por isso, economizemos palavras e esse nosso vocabulário riquíssimo e sintamos, vamos dar lugar a emoção, ao sentimento e tudo aquilo que eles carregam junto a eles, já que sentindo nós acabamos entendendo tudo aquilo que com palavras nós não entenderíamos.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cariocas não gostam de dias nublados

Chuva...frio...cinzento...cobertor...ventilador ou ar condicionado desligados...guarda-chuva aberto...sapatos...botas...cachecol...casacos...meia-calça...pele pálida...
Seria isso o Rio de Janeiro de hoje?

Cadê o ....?
Sol...praia...calor...céu azul...biscoito globo...matte...biquini...canga...ventilador ou ar condicionado ligados...guarda-sol aberto...havaianas...short...camiseta...pele bronzeada...
Praia...sol...praia...sol...praia...sol...praia...sol...praia...sol...praia...sol.....
Esse é o Rio de Janeiro que nós conhecemos, que nós amamos, que nos orgulhamos! Essa é a cidade conhecida como maravilhosa e que por mais que tenha milhares de problemas, nunca deixará de ser maravilhosa, não só por suas belezas naturais, mas por ter nós como moradores, OS CARICAS.
Cadê o sol?
Pra fazer o carioca sorrir...Pra fazer o carioca ser carioca...

Só o começo...

É... Confusão de idéias, de pensamentos... Não apenas por já serem 3h30 da madrugada, mas por ainda não saber direito o que escrever, sobre o que falar. Mas acho que isso com o tempo vem surgindo, assim eu espero, até porque a gente nunca começa alguma coisa já sabendo 100% o que fazer, porque a verdade é que nós nunca sabemos de tudo. Na maioria das vezes, sabemos bem pouco, quase nada, apesar de nessas mesmas vezes acharmos que já sabemos de tudo. Mas acho que isso é do ser humano... Quem nunca achou que sabia mais do que todo mundo? Muitas vezes nós achamos demais e isso pode estragar nossas relações e até mesmo nossas vidas, até porque o que seria das nossas vidas sem as nossas relaçoes? Sejam elas, com a familia, os amigos ou mesmo os nossos amores.
Não acho que comecei bem, tampouco cheguei perto disso, mas acho que com o tempo vou me acostumando e exercendo melhor essa prática tão linda que é a escrita. Até mesmo, porque meu intuito é apenas escrever, ficando o texto bom ou ruim, tendo essas palavras efeito ou não sobre as pessoas que lerem, se lerem...